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Sem Nada Pra Dizer, Digo: Quem dera! Lílian Maial

Sem nada pra dizer, digo: quem dera! Poder voltar no tempo de um talvez, não ter tanta certeza, e a insensatez domar a minha vida tão austera.
Sem nada pra dizer, tento a quimera! Um sonho de acordar sem ser a vez, beber do teu sorriso, embriaguez, sorver do teu amor sem mais espera.
Sem nada pra dizer, sigo calada, Nos passos de silêncio e escuridão, perdida entre as estrelas tão distantes.
Quem dera! O teu olhar, na madrugada, dois sóis ardendo versos de paixão, cadentes nos meus braços delirantes!
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Escrito por Lílian Maial às 18h55
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SONETO DE FIM DE OUTONO
© Lílian Maial

Os ventos dos outonos são tristonhas Cantigas, cujas notas fazem ninho No peito do poeta passarinho, Que voa junto às folhas enfadonhas.
Ousar desabrochar as sem-vergonhas, Antecipadamente e sem espinho, É como um jardineiro e seu ancinho, Remodelando o amor com mãos risonhas. A primavera ainda titubeia, Hesita entre o florir e o preservar, Como a sentir saudade d’outro inverno. Assim é o meu amor, que inda esperneia, E insiste na paixão que o faz penar, Enquanto, no meu peito, o sol hiberno. ***************
Escrito por Lílian Maial às 18h50
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Um soneto do jovem amigo Daniel Rodrigues: REPRESADAS Daniel C. Rodrigues Ao fim da madrugada me tardia Estouro de manadas em grilhões Ao pulsar do meu espírito luzia Reverberar de intensas emoções
De dentro do meu peito já eclodia Um enxame de amores aos milhões No certame de dores que me ardia Que já me faz deleito nas canções
Rebento essa represa nos sonetos Derramando mar de intensa expressão Alento de grandeza nos contextos
Portento de sentir na afinidade Inspirando a mais densa exclamação Da alma no tinir da realidade
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Escrito por Lílian Maial às 18h44
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